segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A importância de Keynes

Desde sua estatura imponente, com 1,98 metros, até suas idéias que desenvolveram a economia moderna, John Maynard Keynes contribuiu imensamente para o entendimento da economia por todos nós.

Defendendo a intervenção do Estado na economia, Keynes foi considerado uma das 100 pessoas mais influentes do século XX, hoje sendo de fundamental entendimento de qualquer economista. Suas idéias foram bem aceitas, até a crise britânica e norte-americana da década de 70, que botaram em prova a real utilidade dessa doutrina intervencionista. Alguns economistas, como Milton Friedman, acreditaram que a economia se regularia por si só.

A “nova economia clássica”, como ficou conhecida, ensinou que sem interferência do governo, a economia buscaria naturalmente o pleno emprego, inovação, e desenvolvimento. Defendendo que se podem antecipar os riscos de todas as transações, e que os preços refletirão a realidade. Esse pensamento causou inúmeras bolhas nas últimas décadas.

Rebatendo fortemente a idéia de que a oferta geraria sua própria demanda, Keynes não acreditava que a produção de mercadorias geraria então sua própria demanda, podendo haver superprodução, como ocorreu na década de 1930. Onde pode haver períodos de pequena recessão, onde a demanda fosse diminuída. Por isso defendeu a idéia intervencionista, para o Estado gerir essa “crise de demanda”, regulamentando o mercado.

Depois da década de 70 onde sua idéia fora discutida e até então discordada, hoje em dia podemos ver até onde o pensamento de Keynes foi. Na última grande crise internacional, em 2008, gerado pelo mercado de ações, onde houve clara necessidade de uma intervenção por parte principalmente do governo norte-americano, onde se deu o grande boom no mercado.

O mercado capitalista por si só, busca desenfreadamente a busca por maximizar seu lucro, podendo assim ultrapassar barreiras sociais para isso. Porém, isso não necessariamente nos mostra que o sistema capitalismo seja falho ou inadequado para a humanidade. O que nos mostra é que deve sim ser regulamentada por um gestor social, e desapegado ao lucro, o Estado. Deixando o mercado mais justo, e com oportunidades para empresas de todo porte, sem esquecer o desenvolvimento da nação e crescimento individual de cada cidadão.

Ainda tomando as crises de 2008 até as atuais como alvo de discussão, podemos compreender o quanto essa intervenção do Estado é importante. No Brasil, principalmente desde 2008, vemos com maior intensidade o assistencialismo feito pelo governo, a fim de potencializar o poder de compra das pessoas de baixa renda, e aquecer o mercado interno. Sem essa ajuda, o país sairia com maiores dificuldades da última grande crise.

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