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Marcelo Cabral apresenta em entrevista à Época Negócios, nº 75, com o economista coreano Ha Joon Chang -" 23 coisas que não nos contaram sobre o capitalismo! Destaquei algumas idéias:
- Máquinas de lavar e o telégrafo mudaram mais a sociedade do que o telégrafo;
- Questionou a eficácia em investir na educação;
- O capitalismo descontrolado cria problemas econômicos como a Grande Depressão e a Crise de 2008, além de tensões como a pobreza e a desigualdade;
- Os que pedem o controle mínimo do Estado e o máximo de livre mercado são os verdadeiros inimigos do capitalismo;
- Há muitos capitalismos -o da China, Suécia, Inglaterra ....
- Mercados financeiros são eficientes demais e criam pressões sobre as empresas para entregarem lucros rapidamente;
- Mercados financeiros que são eficientes demais não são bons nem para si mesmos, nem para o resto da economia.
Há outras opiniões sobre o capitalismo? Aguardo comentários e outras postagens!!!
Gelta
Economia em rede
Este Blog tem como objetivo discutir aspectos interessantes da economia atual articulado aos grandes pensadores. Podem ser idéias, charges, opinião sobre livros e artigos publicados, entre outros.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Politica Fiscal-
Segundo Keynes
A economia de mercado
capitalista funciona em ciclos econômicos de expansão e contração da produção,
da renda, do investimento e do emprego. A intervenção do Estado na economia se
faz necessária para estabilizar os preços, o nível de emprego, a renda e outras
variáveis macroeconômicas relevantes.
A
política fiscal é o componente da política econômica que se refere, por um
lado, às receitas públicas, ou seja, à arrecadação dos tributos do Estado sobre
a renda, o patrimônio e o consumo das pessoas físicas e jurídicas, e, por outro
lado, aos dispêndios do Governo, os quais estão explicitados no orçamento
público. Desta forma, a política fiscal abrange dois componentes distintos, o
relativo à política tributária, concernente à receita pública, e a política
orçamentária, pertinente à despesa pública. Se direcionarem para conter a
demanda agregada e evitar o aumento generalizado dos preços. No que concerne à
política fiscal, tal combinação de maior tributação com menor despesa pública
contribui para a ocorrência de superávit fiscal nas contas do Governo.
Cada real gasto pelo governo se transforma em renda para o agente
privado que lhe fornece bens e serviços. Com sua renda aumentada pelo valor do
gasto público, o agente privado amplia os seus próprios gastos de consumo, de
acordo com sua propensão marginal a consumir, aumentando, deste modo, a renda daqueles
que atendem à sua demanda de consumo. Também esses últimos consumirão parte da
renda que receberam, poupando o restante, transmitindo o impulso de aumento de
demanda para os seus próprios fornecedores.
Keynes, porém, era
suficientemente realista para assumir que este funcionamento ideal da política fiscal
seria, de qualquer modo, relativamente improvável. Assim, sua atenção voltou-se
para o impacto do gasto público realizado sobre a renda. Déficits públicos seriam,
de fato, a solução de default quanto tudo o mais tivesse falhado. Déficits fiscais só emergeriam em valor
significativo se o gasto público por si falhasse em expandir o nível de
atividades, como no caso de uma economia em depressão, por exemplo. Nessas
circunstâncias, o déficit poderia resultar da combinação de um amplo programa de
gasto público com um multiplicador relativamente reduzido (que pode ocorrer se
os agentes privados estão assolados por tal incerteza sobre o futuro que não se
animam sequer a gastar a proporção normal de sua renda acrescida pelo gasto
público). Um gasto público elevado, com baixo multiplicador e baixa sensibilidade
das receitas de impostos a variações da renda agregada (se, por exemplo, uma
expansão dos gastos for acoplada a uma redução de impostos) poderia conduzir a
um déficit público mais amplo. Este não seria um instrumento “normal” de
política fiscal, contudo, mas o resultado do uso dessa política em condições
especialmente adversas.
Como tudo na teoria keynesiana, a ordem dos eventos neste processo é de
fundamental importância para entender sua natureza e potencialidades. A
seqüência de eventos que permitiria à política fiscal ter o maior impacto expansivo
possível sobre o nível de atividades seria a implementação de uma decisão de
expansão de gastos públicos financiada pela colocação no mercado de papéis de
curto prazo de modo a aproveitar os saldos monetários ociosos mantidos pelo
público como reserva de liquidez. Alternativamente, a colocação
desses papéis poderia se iniciar pelo
sistema bancário, oferecendo a esses trocar suas reservas monetárias por
reservas secundárias, em papeis públicos de curto prazo, com reduzido impacto
sobre as taxas de juros de curto prazo.
Natali M . Sant’ Anna , Ronaldo
Bitencourt
Teoria kenesyana em relação aos preços
Teoria
kenesyana em relação aos preços
Os Novos-Keynesianos conhecidos também como
keynesianos bastardos fazem uma outra interpretação da teoria de Keynes. Eles acreditam
que em racionalidade maximizadora; na existência de uma concorrência imperfeita
e informação assimétrica do trabalho. Tem como conhecimentos as falhas no
mercado essas na verdade, as próprias características de organização de cada
estrutura de mercado, constituem em fontes causadoras e propagadoras de choques
econômicos, gerando ciclos. Para os novos-keynesianos os preços são rígidos,
assim também os salários poder de barganha dos trabalhadores e salário
eficiência que de certa forma distorcem o mercado de fator trabalho no curto
prazo. Para alguns autores, seria uma teoria keynesiana sem a demanda. Outro
ponto a se destacar é a defesa da existência do desemprego involuntário, ao
contrário da teoria neoclássica que afirma que o desemprego é voluntário ou
friccional.
Teoria Geral
A teoria geral criado por John Maynard Keynes,
interpretada por alguns outros autores economicos como uma versão desfigurada,
mas nos seus próprios e autencicos termos. A par dos esforços eruditos de
exegese que o transcurso de seu primeiro meio século deverá justificadamente
ensejar, valha esta oportunidade para rever, embora de forma compacta, certos
aspectoscruciais que conferem à obra uma unidade de concepção e uma riqueza de
insight teórico sobre a natureza e o funcionamento da economia capitalista que
provavelmente não foram superadas, se igualadas, neste seculo.
As teorias de Keynes tiveram
enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da
política de livre mercado. Acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno
emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às
forças do mercado.
O objetivo do Keynes era
manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade
produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego, mas
sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação. Na década de 1970 o
keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova doutrina econômica:
o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno emprego e o
nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra Mundial
foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil
conciliar o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as
negociações dos sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta
razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços,
mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerados de forma
alarmante.
A partir do final da década
de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento
daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as recessões, em escala mundial,
das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da política econômica de John Maynard Keynes.
O argumento central de A Teoria Geral é que o
nível de emprego é determinado não pelos preços do trabalho como na economia
neoclássica, mas pelos gastos em dinheiro (demanda agregada). Ele argumenta que é
errado assumir que mercados competitivos
irão, no longo prazo, levar ao pleno emprego ou que o pleno emprego é o estado
de equilíbrio natural de uma economia monetária. Pelo contrário, subemprego e
sub-investimento são provavelmente um estado natural a menos que medidas ativas
sejam tomadas. Uma implicação de A Grande Teoria é que a falta de competição
não é o problema fundamental e medidas para reduzir o desemprego pelo corte de
salários não são apenas insensíveis, mas também ineficazes.
Lucy
Kelly Batista Matos
Manuelle Nunes
Politica Fiscal - Segundo Keynes
A economia de mercado capitalista funciona em ciclos econômicos de expansão e contração da produção, da renda, do investimento e do emprego. A intervenção do Estado na economia se faz necessária para estabilizar os preços, o nível de emprego, a renda e outras variáveis macroeconômicas relevantes.
A política fiscal é o componente da política econômica que se refere, por um lado, às receitas públicas, ou seja, à arrecadação dos tributos do Estado sobre a renda, o patrimônio e o consumo das pessoas físicas e jurídicas, e, por outro lado, aos dispêndios do Governo, os quais estão explicitados no orçamento público. Desta forma, a política fiscal abrange dois componentes distintos, o relativo à política tributária, concernente à receita pública, e a política orçamentária, pertinente à despesa pública. Se direcionarem para conter a demanda agregada e evitar o aumento generalizado dos preços. No que concerne à política fiscal, tal combinação de maior tributação com menor despesa pública contribui para a ocorrência de superávit fiscal nas contas do Governo.
Cada real gasto pelo governo se transforma em renda para o agente privado que lhe fornece bens e serviços. Com sua renda aumentada pelo valor do gasto público, o agente privado amplia os seus próprios gastos de consumo, de acordo com sua propensão marginal a consumir, aumentando, deste modo, a renda daqueles que atendem à sua demanda de consumo. Também esses últimos consumirão parte da renda que receberam, poupando o restante, transmitindo o impulso de aumento de demanda para os seus próprios fornecedores.
Keynes, porém, era suficientemente realista para assumir que este funcionamento ideal da política fiscal seria, de qualquer modo, relativamente improvável. Assim, sua atenção voltou-se para o impacto do gasto público realizado sobre a renda. Déficits públicos seriam, de fato, a solução de default quanto tudo o mais tivesse falhado. Déficits fiscais só emergeriam em valor significativo se o gasto público por si falhasse em expandir o nível de atividades, como no caso de uma economia em depressão, por exemplo. Nessas circunstâncias, o déficit poderia resultar da combinação de um amplo programa de gasto público com um multiplicador relativamente reduzido (que pode ocorrer se os agentes privados estão assolados por tal incerteza sobre o futuro que não se animam sequer a gastar a proporção normal de sua renda acrescida pelo gasto público). Um gasto público elevado, com baixo multiplicador e baixa sensibilidade das receitas de impostos a variações da renda agregada (se, por exemplo, uma expansão dos gastos for acoplada a uma redução de impostos) poderia conduzir a um déficit público mais amplo. Este não seria um instrumento “normal” de política fiscal, contudo, mas o resultado do uso dessa política em condições especialmente adversas.
Como tudo na teoria keynesiana, a ordem dos eventos neste processo é de fundamental importância para entender sua natureza e potencialidades. A seqüência de eventos que permitiria à política fiscal ter o maior impacto expansivo possível sobre o nível de atividades seria a implementação de uma decisão de expansão de gastos públicos financiada pela colocação no mercado de papéis de curto prazo de modo a aproveitar os saldos monetários ociosos mantidos pelo público como reserva de liquidez. Alternativamente, a colocação desses papéis poderia se iniciar pelo sistema bancário, oferecendo a esses trocar suas reservas monetárias por reservas secundárias, em papeis públicos de curto prazo, com reduzido impacto sobre as taxas de juros de curto prazo.
Postado por: Natali Sant' Anna
Ronaldo Bitencourt
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
A Teoria da Liquidez
Os clássicos pensavam que a
taxa de juros não influenciava a decisão de investir e que a demanda não representava qualquer empecilho ao crescimento da produção. Para os neoclássicos, a atuação das instituições financeiras como
intermediadoras entre poupadores e investidores já era evidente. Nesta perspectiva a taxa de juros
era compreendida como o preço do capital, regulado da mesma forma como qualquer outro preço,
pelo jogo de mercado, que passou a assumir o papel de regulador entre poupança global e
investimento global. Essa interpretação estabelece um contexto que permite que a lei de Say
continue sendo teoricamente consistente, sob a alegação de que, embora o poupador e o
investidor
não sejam os mesmos, macroeconomicamente o equilíbrio entre poupança e
investimento continuaria existindo, em função da influência dos mecanismos de mercado,
especialmente da taxa de juros.
John Maynard Keynes, foi um
economista britânico, contraria a teoria clássica segundo a qual as economias
tenderiam para o equilíbrio e o pleno emprego. Portanto as teorias de John
Maynard Keynes foram de grande destaque e influência na reformulação da política
de livre mercado e na renovação das teorias clássicas.
Keynes acreditava que a
economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação
temporária que desapareceria graças às forças do mercado e ajustes
governamentais.
J. M. Keynes ainda discordou da
lei de Say, "a oferta cria sua própria demanda". Tudo porque não
acreditava que a produção de mercadorias geraria, obrigatoriamente, demanda
suficiente para outras mercadorias.
Poderiam ocorrer crises de
superprodução. Para ele o livre mercado pode, durante os períodos recessivos,
não gerar demanda bastante para garantir o pleno emprego dos fatores de
produção devido ao "entesouramento" das poupanças.
Keynes ainda expõe mais
de suas opiniões onde a taxa de juros, é "uma medida da relutância
daqueles que possuem dinheiro em desfazer-se do seu controle líquido sobre
ele". Melhor dizendo, é o prêmio que um agente econômico recebe ao
privar-se de sua liquidez. E essa preferência pela liquidez de seus ativos por
parte dos agentes econômicos se justifica por causa de incerteza quanto ao
futuro dos eventos econômicos e do resultado futuro dos investimentos passados
e presentes. Por essa razão, os indivíduos preferem manter sua riqueza na forma
de dinheiro.
Keynes tem preferencia pela
liquidez, essa preferencia é uma resposta racional, calculada a incerteza, essa
moeda poderia ser entesourada, fora de circulação (guardada) esperando a
oportunidade para ser aplicada.
Muitas vezes as pessoas abrem
mão de sua liquidez por uma taxa de juros, quanto maior a propensão pela
liquidez mais alta será a taxa de juros, pois esse dinheiro guardado diminui a
velocidade de rotatividade da moeda, fazendo subir os juros.
Keynes tratava a liquidez para
o governo de maneira que deveria abrir mão de sua liquidez para incentivar a
economia.
Mas, contudo seria isso, Keynes
com foco em manter o crescimento da demanda na mesma igualdade com o aumento da
capacidade produtiva da economia, assim com meios possíveis para assegurar o
pleno emprego, mas obviamente sem excessos, para evitar aumento de inflação.
Douglas L. Müller
Maria Eduarda Eccel
Marcos Paulo Klein
A Eficiência Marginal do Capital (Alex,Marco Aurelio, Patrick)
Alunos: Alex, Marco Aurelio, Patrick.
A
Eficiência Marginal do Capital e o Investimento.
Já no pensamento clássico era de um modo diferenciado, e obsoleto, com o
termo de produtividade marginal do capital (PMC), eles eram crentes que a
rentabilidade era um valor fixo. Conhecida como lei de Say, (1986). Nessa
escola eles declaravam que o único limite para acumulação de capital a
investir, é a disponibilidade de recursos. E achavam que a taxa de juros não
influenciava na decisão de investir.
O pensamento neoclássico se deparou diante de uma realidade bastante
distinta. A atuação das instituições financeiras como intermediadoras entre
poupadores e investidores já era evidente. Nesta perspectiva teórica, a taxa de
juros era compreendida como o preço do capital, regulado da mesma forma como
qualquer outro preço, pela dinâmica de mercado, que passou a assumir o papel de
regulador entre poupança global e investimento global. Essa interpretação
estabelece um contexto que permite que a lei de Say continue sendo teoricamente
consistente, sob a alegação de que, embora o poupador e o investidor não sejam
os mesmos, macroeconomicamente o equilíbrio entre poupança e investimento
continuaria existindo, em função da influência dos mecanismos de mercado,
especialmente da taxa de juros.
Na teoria Keynesiana, o investimento é visto como criador e não derivado
da poupança. A taxa de juros tem seu significado diferente, quando avaliado sua
importância na decisão de investir ou não investir: de reguladora passa a ser
vista como um parâmetro monetário (custo de oportunidade).
A eficiência marginal do capital (EMC) representa uma expectativa de
rendimentos, verificada no conhecimento, observação, análise, à decisão de
investir, incorporando, assim, os riscos e incertezas que, na prática, este
tipo de decisão envolve.
Sendo assim, decisões de investimentos são dirigidas pelas expectativas
de rendimentos, não pelos rendimentos efetivos, mesmo que os rendimentos
esperados sejam influenciados pelos rendimentos efetivos. Todavia qualquer
investimento está sujeito a previsões errôneas e previsões de sucesso. Neste
sentido, em um ambiente sujeito a elevadas incertezas, menores seriam as
chances de retorno garantido e maiores é a tendência de aumentar as taxas de
descontos (juros) exigidas pelos investidores.
Enfatizando que a EMC é um valor esperado e não um valor conhecido, ou
seja, a EMC sendo um valor esperado significa que se tem
a possibilidade ou não de que essa expectativa se confirme.
Desse modo, Keynes defendia que a EMC depende primordialmente do
comportamento da demanda efetiva, que é o fator decisivo na determinação da
viabilidade de um investimento produtivo. Como a EMC é determinada por um
elemento essencialmente dinâmico (a demanda efetiva) e essa sofre influência do
próprio investimento, tem-se uma interdependência entre essas duas variáveis,
que são igualmente dinâmicas e incertas.
A EMC está relacionada com a margem de rendimentos sobre o custo, ou
rentabilidade de um bem de capital, e é definida pela renda esperada e pelo
preço corrente de oferta do bem de capital. Keynes (1982:115) definiu que:
"a relação entre renda esperada de um bem de capital e seu preço de oferta
ou custo de reposição, isto é, a relação entre renda esperada de uma unidade
adicional daquele tipo de capital e seu custo de produção, dá-nos a EMC deste
tipo".
Simplificando: EMC representa o retorno esperado por uma unidade
adicional de capital investido. O preço de oferta ou o custo de reposição do
capital é obtido ao descontar-se a EMC dos rendimentos esperados. A EMC, nessas
condições pode ser considerada a taxa de rentabilidade que um projeto
proporciona depois de deduzidas das receitas previstas os devidos prêmios para
compensar os riscos e incertezas.
Portanto, tem-se que na teoria keynesiana os investimentos são
determinados por uma análise comparativa entre a taxa de juros de curto prazo (r)
e a eficiência marginal do capital (EMC), sendo a primeira variável um fenômeno
monetário que funciona como referência à expectativa de retorno do projeto,
expresso na forma de sua EMC e constituindo o fator determinante. Portanto, o
estudo de viabilidade econômica de projetos, consiste, basicamente, na
identificação da taxa de desconto na qual os valores dos custos e benefícios de
um investimento são igualados.
Propensão Marginal a Consumir
John Maynard Keynes defendia a intervenção
do governo na economia se a mesma estivesse com elevado nível de desemprego
involuntário e com baixa demanda efetiva, como forma de retomar o crescimento,
reaquecendo uma economia estagnada ou em recessão, o que não poderia acontecer
como pregado pela teoria neoclássica, através dos mecanismos auto-reguladores
do mercado.
Segundo palavras do próprio Keynes: “Quando
o emprego aumenta, aumenta, também, a renda real agregada. (...) Dessa maneira,
para justificar qualquer volume de emprego, deve existir um volume de
investimento suficiente para absorver o excesso da produção total sobre o que a
comunidade deseja consumir quando o emprego se acha a determinado nível. A não
ser que haja este volume de investimento, as receitas dos empresários serão
menores que as necessárias para induzi-los a oferecer tal volume de emprego.
Daqui se segue, portanto, que, dado o que chamaremos de propensão a consumir da
comunidade, o nível de equilíbrio do emprego, isto é, o nível em que nada
incita os empresários em conjunto a aumentar ou reduzir o emprego, dependerá do
investimento corrente. O montante de investimento corrente dependerá, por sua
vez, do que chamaremos de incentivo para investir, o qual, como se verificará,
depende da relação entre a escala da eficiência marginal do capital e o
complexo das taxas de juros que incidem sobre os empréstimos de prazos e riscos
diversos. Assim sendo, dada a propensão a consumir e a taxa do novo
investimento, haverá apenas um nível de emprego compatível com o equilíbrio,
visto que qualquer outro levaria a uma desigualdade entre o preço da oferta
agregada da produção em conjunto e o preço da demanda agregada.” (KEYNES, 1985,
p. 31).
Conforme Keynes, é a propensão a consumir e
o nível do investimento que irão determinar o nível de emprego, que determinará
o nível de salários.
A teoria geral keynesiana afirma que o
emprego só pode aumentar juntamente com o investimento, a não ser que ocorra
uma mudança na propensão a consumir. Keynes estabelece uma relação entre a
renda e o investimento, e entre o emprego total e o emprego diretamente ligado
ao investimento. A esta relação Keynes chama de multiplicador, o qual, dada a
propensão a consumir, estabelece uma ligação entre o fluxo de investimento e os
volumes agregados do emprego e da renda.
Segundo Keynes o fator principal para determinar o quanto será
gasto para consumo em uma dada comunidade é o seu volume de renda. Assim
a estabilidade da propensão a consumir esta na medida em que a renda da
comunidade se eleva, eleva-se também o consumo, e a medida que a renda da
comunidade diminui, diminui também o consumo. Mas há uma distinção entre a
quantidade do consumo e a propensão a consumir, isto é, entre uma quantidade e
uma curva. A quantidade do consumo não é estável, porque depende da renda, a
qual, por seu tempo, não é estável porque o incentivo ao investimento não é
estável.
Keynes enfatiza que pode ocorrer mudanças na politica tributária do governo (de taxação e de despesas), mudanças substanciais na taxa dos juros e mudanças bruscas nos valores de capital, tal como as que ocorrem durante uma expansão ou numa bancarrota da bolsa. Colocando de lado uma política fiscal de um tipo não convencional.
Keynes enfatiza que pode ocorrer mudanças na politica tributária do governo (de taxação e de despesas), mudanças substanciais na taxa dos juros e mudanças bruscas nos valores de capital, tal como as que ocorrem durante uma expansão ou numa bancarrota da bolsa. Colocando de lado uma política fiscal de um tipo não convencional.
Para Keynes a distribuição de renda é o determinante que implica
no quanto se gastará no consumo de uma determinada renda de uma comunidade.
A tributação progressiva reduz as desigualdades da renda, porque absorve parte relativamente maior das rendas dos ricos do que das rendas dos pobres, e, por conseguinte, produz certo desafogo na procura insuficiente das economias capitalistas. Keynes preconiza o lançamento dos impostos progressivos como uma das medidas importantes para aliviar o desemprego.
A tributação progressiva reduz as desigualdades da renda, porque absorve parte relativamente maior das rendas dos ricos do que das rendas dos pobres, e, por conseguinte, produz certo desafogo na procura insuficiente das economias capitalistas. Keynes preconiza o lançamento dos impostos progressivos como uma das medidas importantes para aliviar o desemprego.
Uma das principais características dos modernos países
capitalistas é a grande desigualdade na distribuição de renda, que é a
consequência da concentração da propriedade produtora de renda em mãos de uma
pequena fração da população total. Assim, a ampliação da desigualdade de renda
e de riqueza tende a fazer baixar a propensão a consumir. Quanto menor é a
propensão a consumir, maior a dependência do investimento a que se sujeita a
economia para a manutenção de uma alto nível de emprego e renda.
Para Keynes, apesar do uso da tributação como principal abordagem
aos problemas associados à distribuição desigual da renda, uma política fiscal
em que a quantidade de dinheiro arrecadado e gasto pelo Governo é flexível por
excelência proporciona, uma arma eficaz as flutuações a curto prazo da
atividade econômica.
Alunas: Camila Salvador, Sabrina Liana, Suelen Mara.
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