Relação
Crítica de Keynes com a Economia Clássica e Neoclássica
John
Maynard Keynes (1883 – 1946) foi muito influente na economia política de sua
época. Ele defendeu a intervenção estatal na economia através de medidas
fiscais e monetárias como forma de cessar a grande depressão de 1922. Keynes
revolucionou o pensamento econômico se opondo as ideias neoclássicas e
consequentemente dos clássicos.
Os
clássicos acreditavam em uma economia racional e perfeita. Os mercados eram
regidos pela concorrência perfeita, onde todos os bens são totalmente
competitivos que uma forma que os riscos poderiam ser calculados e assegurados
por terem todas as informações necessárias. A moeda era considerada apenas um
meio de trocas, um intermediador; portanto, a moeda não é gasta nem poupada,
mas investida ou aplicada em taxa de juros, ou seja, desta forma todo trabalho
ofertado teria uma demanda correspondente. Quanto menor fosse a atuação do
Estado melhor, pois o mercado se autorregulava.
Os
neoclássicos defendiam o salário como o determinante da oferta e procura.
Quanto maior o salário menos os patrões terão vontade de contratar, no entanto, com o salário maior, mais os trabalhos vão
oferecer sua força de trabalho. Os neoclássicos acreditavam na racionalidade
perfeita: os trabalhadores comparavam a não-utilidade marginal do trabalho com
a utilidade do salário recebido. Para eles sempre haverá o pleno emprego e o
equilíbrio de mercado, que ocorre porque os trabalhadores aceitam o salário e os que não querem
trabalhar por esse salário e se retiram do mercado.
Keynes, em
sua obra A Teoria Geral do Emprego, do
Juro e da Moeda traz uma visão no longo prazo dos ciclos econômicos. O
nível de emprego é determinado pelos gastos em dinheiro, caracterizado como
demanda agregada: a soma do consumo. Defendeu a necessidade do Estado para
conter o desequilíbrio da economia, pois no momento em que as empresas tendem a
investir menos começa um processo de retração econômica que pode levar a uma
crise. Uma das formas de intervenção estatal é o governo aplicar remessas de
capital na realização de investimentos que possam aquecer a economia e conceder
linhas de crédito a baixo custo, garantindo o investimento no setor privado.
Estas medidas aumentariam o nível de emprego e o mercado consumidor daria
sustentação real às aplicações dos recursos. Keynes quis mostrar que o pleno
emprego só poderia ser alcançado com a ajuda dos gastos do governo.
Keynes: "para além da
necessidade de controles centrais para trazer um ajuste entre a propensão a
consumir e o incentivo para investir, não há mais razão para se socializar vida
econômica do que havia antes" (pág. 379).
Alunos: Douglas Steffen, Erick Zanetti,
Gabriela Pereira
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