domingo, 28 de outubro de 2012


Relação Crítica de Keynes com a Economia Clássica e Neoclássica

            John Maynard Keynes (1883 – 1946) foi muito influente na economia política de sua época. Ele defendeu a intervenção estatal na economia através de medidas fiscais e monetárias como forma de cessar a grande depressão de 1922. Keynes revolucionou o pensamento econômico se opondo as ideias neoclássicas e consequentemente dos clássicos.
            Os clássicos acreditavam em uma economia racional e perfeita. Os mercados eram regidos pela concorrência perfeita, onde todos os bens são totalmente competitivos que uma forma que os riscos poderiam ser calculados e assegurados por terem todas as informações necessárias. A moeda era considerada apenas um meio de trocas, um intermediador; portanto, a moeda não é gasta nem poupada, mas investida ou aplicada em taxa de juros, ou seja, desta forma todo trabalho ofertado teria uma demanda correspondente. Quanto menor fosse a atuação do Estado melhor, pois o mercado se autorregulava.
            Os neoclássicos defendiam o salário como o determinante da oferta e procura. Quanto maior o salário menos os patrões terão vontade de contratar, no entanto, com o salário maior, mais os trabalhos vão oferecer sua força de trabalho. Os neoclássicos acreditavam na racionalidade perfeita: os trabalhadores comparavam a não-utilidade marginal do trabalho com a utilidade do salário recebido. Para eles sempre haverá o pleno emprego e o equilíbrio de mercado, que ocorre porque os trabalhadores aceitam o salário e os que não querem trabalhar por esse salário e se retiram do mercado.
            Keynes, em sua obra A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda traz uma visão no longo prazo dos ciclos econômicos. O nível de emprego é determinado pelos gastos em dinheiro, caracterizado como demanda agregada: a soma do consumo. Defendeu a necessidade do Estado para conter o desequilíbrio da economia, pois no momento em que as empresas tendem a investir menos começa um processo de retração econômica que pode levar a uma crise. Uma das formas de intervenção estatal é o governo aplicar remessas de capital na realização de investimentos que possam aquecer a economia e conceder linhas de crédito a baixo custo, garantindo o investimento no setor privado. Estas medidas aumentariam o nível de emprego e o mercado consumidor daria sustentação real às aplicações dos recursos. Keynes quis mostrar que o pleno emprego só poderia ser alcançado com a ajuda dos gastos do governo.
            Keynes: "para além da necessidade de controles centrais para trazer um ajuste entre a propensão a consumir e o incentivo para investir, não há mais razão para se socializar vida econômica do que havia antes" (pág. 379).

Alunos: Douglas Steffen, Erick Zanetti, Gabriela Pereira

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