segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Propensão Marginal a Consumir

John Maynard Keynes defendia a intervenção do governo na economia se a mesma estivesse com elevado nível de desemprego involuntário e com baixa demanda efetiva, como forma de retomar o crescimento, reaquecendo uma economia estagnada ou em recessão, o que não poderia acontecer como pregado pela teoria neoclássica, através dos mecanismos auto-reguladores do mercado.
Segundo palavras do próprio Keynes: “Quando o emprego aumenta, aumenta, também, a renda real agregada. (...) Dessa maneira, para justificar qualquer volume de emprego, deve existir um volume de investimento suficiente para absorver o excesso da produção total sobre o que a comunidade deseja consumir quando o emprego se acha a determinado nível. A não ser que haja este volume de investimento, as receitas dos empresários serão menores que as necessárias para induzi-los a oferecer tal volume de emprego. Daqui se segue, portanto, que, dado o que chamaremos de propensão a consumir da comunidade, o nível de equilíbrio do emprego, isto é, o nível em que nada incita os empresários em conjunto a aumentar ou reduzir o emprego, dependerá do investimento corrente. O montante de investimento corrente dependerá, por sua vez, do que chamaremos de incentivo para investir, o qual, como se verificará, depende da relação entre a escala da eficiência marginal do capital e o complexo das taxas de juros que incidem sobre os empréstimos de prazos e riscos diversos. Assim sendo, dada a propensão a consumir e a taxa do novo investimento, haverá apenas um nível de emprego compatível com o equilíbrio, visto que qualquer outro levaria a uma desigualdade entre o preço da oferta agregada da produção em conjunto e o preço da demanda agregada.” (KEYNES, 1985, p. 31).
Conforme Keynes, é a propensão a consumir e o nível do investimento que irão determinar o nível de emprego, que determinará o nível de salários.
A teoria geral keynesiana afirma que o emprego só pode aumentar juntamente com o investimento, a não ser que ocorra uma mudança na propensão a consumir. Keynes estabelece uma relação entre a renda e o investimento, e entre o emprego total e o emprego diretamente ligado ao investimento. A esta relação Keynes chama de multiplicador, o qual, dada a propensão a consumir, estabelece uma ligação entre o fluxo de investimento e os volumes agregados do emprego e da renda.
Segundo Keynes o fator principal para determinar o quanto será gasto para consumo  em uma dada comunidade é o seu volume de renda. Assim a estabilidade da propensão a consumir esta na medida em que a renda da comunidade se eleva, eleva-se também o consumo, e a medida que a renda da comunidade diminui, diminui também o consumo. Mas há uma distinção entre a quantidade do consumo e a propensão a consumir, isto é, entre uma quantidade e uma curva. A quantidade do consumo não é estável, porque depende da renda, a qual, por seu tempo, não é estável porque o incentivo ao investimento não é estável.
Keynes enfatiza que pode ocorrer mudanças na politica tributária do governo (de taxação e de despesas), mudanças substanciais na taxa dos juros e mudanças bruscas nos valores de capital, tal como as que ocorrem durante uma expansão ou numa bancarrota da bolsa. Colocando de lado uma política fiscal de um tipo não convencional.
Para Keynes a distribuição de renda é o determinante que implica no quanto se gastará no consumo de uma determinada renda de uma comunidade.
A tributação progressiva reduz as desigualdades da renda, porque absorve parte relativamente maior das rendas dos ricos do que das rendas dos pobres, e, por conseguinte, produz certo desafogo na procura insuficiente das economias capitalistas. Keynes preconiza o lançamento dos impostos progressivos como uma das medidas importantes para aliviar o desemprego.
Uma das principais características dos modernos países capitalistas é a grande desigualdade na distribuição de renda, que é a consequência da concentração da propriedade produtora de renda em mãos de uma pequena fração da população total. Assim, a ampliação da desigualdade de renda e de riqueza tende a fazer baixar a propensão a consumir. Quanto menor é a propensão a consumir, maior a dependência do investimento a que se sujeita a economia para a manutenção de uma alto nível de emprego e renda.
Para Keynes, apesar do uso da tributação como principal abordagem aos problemas associados à distribuição desigual da renda, uma política fiscal em que a quantidade de dinheiro arrecadado e gasto pelo Governo é flexível por excelência proporciona, uma arma eficaz as flutuações a curto prazo da atividade econômica.

Alunas: Camila Salvador, Sabrina Liana, Suelen Mara.

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