segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A Eficiência Marginal do Capital (Alex,Marco Aurelio, Patrick)

Alunos: Alex, Marco Aurelio, Patrick.


A Eficiência Marginal do Capital e o Investimento.

Já no pensamento clássico era de um modo diferenciado, e obsoleto, com o termo de produtividade marginal do capital (PMC), eles eram crentes que a rentabilidade era um valor fixo. Conhecida como lei de Say, (1986). Nessa escola eles declaravam que o único limite para acumulação de capital a investir, é a disponibilidade de recursos. E achavam que a taxa de juros não influenciava na decisão de investir.
O pensamento neoclássico se deparou diante de uma realidade bastante distinta. A atuação das instituições financeiras como intermediadoras entre poupadores e investidores já era evidente. Nesta perspectiva teórica, a taxa de juros era compreendida como o preço do capital, regulado da mesma forma como qualquer outro preço, pela dinâmica de mercado, que passou a assumir o papel de regulador entre poupança global e investimento global. Essa interpretação estabelece um contexto que permite que a lei de Say continue sendo teoricamente consistente, sob a alegação de que, embora o poupador e o investidor não sejam os mesmos, macroeconomicamente o equilíbrio entre poupança e investimento continuaria existindo, em função da influência dos mecanismos de mercado, especialmente da taxa de juros.
Na teoria Keynesiana, o investimento é visto como criador e não derivado da poupança. A taxa de juros tem seu significado diferente, quando avaliado sua importância na decisão de investir ou não investir: de reguladora passa a ser vista como um parâmetro monetário (custo de oportunidade).
A eficiência marginal do capital (EMC) representa uma expectativa de rendimentos, verificada no conhecimento, observação, análise, à decisão de investir, incorporando, assim, os riscos e incertezas que, na prática, este tipo de decisão envolve.
Sendo assim, decisões de investimentos são dirigidas pelas expectativas de rendimentos, não pelos rendimentos efetivos, mesmo que os rendimentos esperados sejam influenciados pelos rendimentos efetivos. Todavia qualquer investimento está sujeito a previsões errôneas e previsões de sucesso. Neste sentido, em um ambiente sujeito a elevadas incertezas, menores seriam as chances de retorno garantido e maiores é a tendência de aumentar as taxas de descontos (juros) exigidas pelos investidores.
Enfatizando que a EMC é um valor esperado e não um valor conhecido, ou seja, a EMC sendo um valor esperado significa que se tem a possibilidade ou não de que essa expectativa se confirme.
Desse modo, Keynes defendia que a EMC depende primordialmente do comportamento da demanda efetiva, que é o fator decisivo na determinação da viabilidade de um investimento produtivo. Como a EMC é determinada por um elemento essencialmente dinâmico (a demanda efetiva) e essa sofre influência do próprio investimento, tem-se uma interdependência entre essas duas variáveis, que são igualmente dinâmicas e incertas.
A EMC está relacionada com a margem de rendimentos sobre o custo, ou rentabilidade de um bem de capital, e é definida pela renda esperada e pelo preço corrente de oferta do bem de capital. Keynes (1982:115) definiu que: "a relação entre renda esperada de um bem de capital e seu preço de oferta ou custo de reposição, isto é, a relação entre renda esperada de uma unidade adicional daquele tipo de capital e seu custo de produção, dá-nos a EMC deste tipo".
Simplificando: EMC representa o retorno esperado por uma unidade adicional de capital investido. O preço de oferta ou o custo de reposição do capital é obtido ao descontar-se a EMC dos rendimentos esperados. A EMC, nessas condições pode ser considerada a taxa de rentabilidade que um projeto proporciona depois de deduzidas das receitas previstas os devidos prêmios para compensar os riscos e incertezas.
Portanto, tem-se que na teoria keynesiana os investimentos são determinados por uma análise comparativa entre a taxa de juros de curto prazo (r) e a eficiência marginal do capital (EMC), sendo a primeira variável um fenômeno monetário que funciona como referência à expectativa de retorno do projeto, expresso na forma de sua EMC e constituindo o fator determinante. Portanto, o estudo de viabilidade econômica de projetos, consiste, basicamente, na identificação da taxa de desconto na qual os valores dos custos e benefícios de um investimento são igualados.





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