segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A Teoria da Liquidez


Os clássicos pensavam que a taxa de juros não influenciava a decisão de investir e que a demanda não representava qualquer empecilho ao crescimento da produção. Para os neoclássicos, a atuação das instituições financeiras como intermediadoras entre poupadores e investidores já era evidente. Nesta perspectiva a taxa de juros era compreendida como o preço do capital, regulado da mesma forma como qualquer outro preço, pelo jogo de mercado, que passou a assumir o papel de regulador entre poupança global e investimento global. Essa interpretação estabelece um contexto que permite que a lei de Say continue sendo teoricamente consistente, sob a alegação de que, embora o poupador e o investidor não sejam os mesmos, macroeconomicamente o equilíbrio entre poupança e investimento continuaria existindo, em função da influência dos mecanismos de mercado, especialmente da taxa de juros.
John Maynard Keynes, foi um economista britânico, contraria a teoria clássica segundo a qual as economias tenderiam para o equilíbrio e o pleno emprego. Portanto as teorias de John Maynard Keynes foram de grande destaque e influência na reformulação da política de livre mercado e na renovação das teorias clássicas.
Keynes acreditava que a economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação temporária que desapareceria graças às forças do mercado e ajustes governamentais.
J. M. Keynes ainda discordou da lei de Say, "a oferta cria sua própria demanda". Tudo porque não acreditava que a produção de mercadorias geraria, obrigatoriamente, demanda suficiente para outras mercadorias.
Poderiam ocorrer crises de superprodução. Para ele o livre mercado pode, durante os períodos recessivos, não gerar demanda bastante para garantir o pleno emprego dos fatores de produção devido ao "entesouramento" das poupanças.
 Keynes ainda expõe mais de suas opiniões onde a taxa de juros, é "uma medida da relutância daqueles que possuem dinheiro em desfazer-se do seu controle líquido sobre ele". Melhor dizendo, é o prêmio que um agente econômico recebe ao privar-se de sua liquidez. E essa preferência pela liquidez de seus ativos por parte dos agentes econômicos se justifica por causa de incerteza quanto ao futuro dos eventos econômicos e do resultado futuro dos investimentos passados e presentes. Por essa razão, os indivíduos preferem manter sua riqueza na forma de dinheiro.
Keynes tem preferencia pela liquidez, essa preferencia é uma resposta racional, calculada a incerteza, essa moeda poderia ser entesourada, fora de circulação (guardada) esperando a oportunidade para ser aplicada.
Muitas vezes as pessoas abrem mão de sua liquidez por uma taxa de juros, quanto maior a propensão pela liquidez mais alta será a taxa de juros, pois esse dinheiro guardado diminui a velocidade de rotatividade da moeda, fazendo subir os juros.
Keynes tratava a liquidez para o governo de maneira que deveria abrir mão de sua liquidez para incentivar a economia.
Mas, contudo seria isso, Keynes com foco em manter o crescimento da demanda na mesma igualdade com o aumento da capacidade produtiva da economia, assim com meios possíveis para assegurar o pleno emprego, mas obviamente sem excessos, para evitar aumento de inflação.

Douglas L. Müller
Maria Eduarda Eccel
Marcos Paulo Klein

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