Os clássicos pensavam que a
taxa de juros não influenciava a decisão de investir e que a demanda não representava qualquer empecilho ao crescimento da produção. Para os neoclássicos, a atuação das instituições financeiras como
intermediadoras entre poupadores e investidores já era evidente. Nesta perspectiva a taxa de juros
era compreendida como o preço do capital, regulado da mesma forma como qualquer outro preço,
pelo jogo de mercado, que passou a assumir o papel de regulador entre poupança global e
investimento global. Essa interpretação estabelece um contexto que permite que a lei de Say
continue sendo teoricamente consistente, sob a alegação de que, embora o poupador e o
investidor
não sejam os mesmos, macroeconomicamente o equilíbrio entre poupança e
investimento continuaria existindo, em função da influência dos mecanismos de mercado,
especialmente da taxa de juros.
John Maynard Keynes, foi um
economista britânico, contraria a teoria clássica segundo a qual as economias
tenderiam para o equilíbrio e o pleno emprego. Portanto as teorias de John
Maynard Keynes foram de grande destaque e influência na reformulação da política
de livre mercado e na renovação das teorias clássicas.
Keynes acreditava que a
economia seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego uma situação
temporária que desapareceria graças às forças do mercado e ajustes
governamentais.
J. M. Keynes ainda discordou da
lei de Say, "a oferta cria sua própria demanda". Tudo porque não
acreditava que a produção de mercadorias geraria, obrigatoriamente, demanda
suficiente para outras mercadorias.
Poderiam ocorrer crises de
superprodução. Para ele o livre mercado pode, durante os períodos recessivos,
não gerar demanda bastante para garantir o pleno emprego dos fatores de
produção devido ao "entesouramento" das poupanças.
Keynes ainda expõe mais
de suas opiniões onde a taxa de juros, é "uma medida da relutância
daqueles que possuem dinheiro em desfazer-se do seu controle líquido sobre
ele". Melhor dizendo, é o prêmio que um agente econômico recebe ao
privar-se de sua liquidez. E essa preferência pela liquidez de seus ativos por
parte dos agentes econômicos se justifica por causa de incerteza quanto ao
futuro dos eventos econômicos e do resultado futuro dos investimentos passados
e presentes. Por essa razão, os indivíduos preferem manter sua riqueza na forma
de dinheiro.
Keynes tem preferencia pela
liquidez, essa preferencia é uma resposta racional, calculada a incerteza, essa
moeda poderia ser entesourada, fora de circulação (guardada) esperando a
oportunidade para ser aplicada.
Muitas vezes as pessoas abrem
mão de sua liquidez por uma taxa de juros, quanto maior a propensão pela
liquidez mais alta será a taxa de juros, pois esse dinheiro guardado diminui a
velocidade de rotatividade da moeda, fazendo subir os juros.
Keynes tratava a liquidez para
o governo de maneira que deveria abrir mão de sua liquidez para incentivar a
economia.
Mas, contudo seria isso, Keynes
com foco em manter o crescimento da demanda na mesma igualdade com o aumento da
capacidade produtiva da economia, assim com meios possíveis para assegurar o
pleno emprego, mas obviamente sem excessos, para evitar aumento de inflação.
Douglas L. Müller
Maria Eduarda Eccel
Marcos Paulo Klein